A Organização Internacional da Francofonia, assim como os demais organismos internacionais, é dotada de um órgão administrativo e burocrático, responsável por coordenar as suas demais instâncias. Esse órgão, por sua vez, necessita de um representante, encarregado de dirigir a organização e representá-la legalmente. Na OIF, essa figura materializa-se no Secretário Geral.
O Secretário Geral da OIF é o pivô do sistema multilateral francófono, associando seu poder de iniciativa política às ações de cooperação desenvolvidas no seio da organização. É responsável por conduzir a ação política da Francofonia, da qual é porta-voz e representante à nível internacional. Além disso, é encarregado de nomear os Administradores da OIF, que exercem funções por delegação.
Ao longo de seus 24 anos, a OIF contou com 4 Secretários Gerais, sendo que o cargo foi ocupado por mulheres em duas ocasiões – a canadense Michaelle Jean esteve à frente do órgão entre 2015 e 2018, sendo sucedida pela ruandesa Louise Mushikiwabo, que assumiu o cargo em 2019.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e dando continuidade a nossa série de apresentação da OIF, apresentamos estas duas líderes políticas, que contribuem para a construção de um sistema internacional mais igualitário para as mulheres.
Nascida no Haiti, aos 11 anos fugiu do regime ditatorial de François Duvalier, e chegou ao Canadá, onde seguiu carreira como jornalista na rede de televisão Radio Canada. Em 2005, tornou-se governadora geral do Canadá, posto que ocupou até 2010.
Ao final de seu mandato, aceitou o convite para ocupar, por 4 anos, o posto de enviada especial da Unesco no Haiti, alguns meses depois do terremoto que abalou seu país.
Em seguida, em 2012, Abdou Diouf, ex-presidente senegalês e então Secretário Geral da OIF, a nomeou para ser testemunha da Francofonia nos Jogos Olímpicos de Londres, uma grande prova de confiança; no mesmo ano, ela assume o cargo de Chanceler da Universidade de Ottawa, o maior campus bilíngue francês-inglês do mundo.
Em 2009, recebeu o Prêmio Canadá do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM) pela sua contribuição na luta pela igualdade de gênero.
Antiga ministra dos Negócios Estrangeiros de Ruanda, é uma figura política feminina de grande influência no continente africano. Seu currículo diplomático está repleto de realizações: além de ter contribuído muito para a diplomacia ruandesa ao longo de seu período como encarregada da pasta, contribuiu dinâmica e rigorosamente em favor da reforma institucional da União Africana.
Sua ambição para a francofonia está pautada em uma liderança humana e exemplar, transparente e de preocupações pertinentes, com a busca de complementaridades e de sinergias de ações entre os diferentes atores da Francofonia, sobre a cultura de resultados e a prestação de contas assim como sobre a promoção de solidariedades triangulares Norte-Sul, Sul-Sul e intergeneracionais.
Suas prioridades se articulam principalmente ao redor dos seguintes grandes eixos: a pertinência da Organização, a inclusão de jovens, a troca de boas práticas dentro do espaço francófono e a educação feminina.
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Sou a Marina Almeida, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.