Nesta semana, nossa indicação de Literatura Francófona é de uma autora muito especial: Maryse Condé.
A escritora francesa é conhecida por seu papel de difusora da história e da cultura africana nas Caraíbas, e pela sua vasta produtividade como autora, passando pela ficção histórica, pelos romances, contos, ensaios, poemas e outros.
Ela está entre os autores mais proeminentes do território de Guadalupe. Seu trabalho aborda como o colonialismo mudou o mundo e de que maneira aqueles afetados pelo processo podem recuperar suas heranças culturais.
Em Rivière au Sel, no coração da floresta, observamos um homem morto, um homem que chegou à aldeia alguns anos antes e do qual não sabemos muito. Ele é cubano? Colombiano? É um desertor? Por que retornou à Guadalupe? As respostas não são claras. No entanto, não importa quem ele realmente é. O que importa é a imagem que cada um dos sujeitos presentes na vigília guarda dele e as mudanças, sutis ou essenciais, que causou em suas vidas. No tempo fechado desta noite, para além da pequena comunidade que estamos olhando, toda a sociedade de Guadalupe emerge, com seus conflitos, contradições e tensões.
Você pode encontrar Traversée de la Mangrove na nossa Culturethèque.
O desaparecimento de Stephen, assassinado em uma rua da Cidade do Cabo, é a última reviravolta do destino para Rosélie Thibaudin… Um drama que bate em sua cabeça, trazendo um fim abrupto a 20 anos de felicidade aparentemente silenciosa. Exilada, estrangeira em todos os países, Rosélie tem todos os “defeitos”: trocou sua ilha, Guadalupe, pela “madastra África” e casou-se com um branco que “nem mesmo era metropolitano”. Em uma África do Sul que foi berço de todos os racismos, Rosélie deverá reaprender a viver sozinha.
Você pode encontrar Histoire de la femme cannibale na nossa Culturethèque.
Filha da escrava Abena, violada por um marinheiro inglês a bordo de um navio negreiro, Tituba, nascida em Barbados, é iniciada em poderes sobrenaturais por Man Yaya, curandeiro e feiticeiro. Seu casamento com John Indian a levou para Boston, e depois para a aldeia de Salem, na qual o famoso julgamento das bruxas ocorreu em 1692, à serviço do pastor Parris. Tituba é presa, esquecida em sua prisão até ser anistiada. Ela então retorna à Barbados, na época dos quilombolas e das primeiras revoltas de escravos.
Você pode encontrar Moi, Tituba sorcière… na nossa Culturethèque.
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1 Comment
Parabéns!!!
Ótimo site.
Desejo-lhes sucesso.