As lideranças femininas da Francofonia
8 de março de 2021Apresentação de livro: “My Opera World: Derrière les notes”
28 de novembro de 2023Dando continuidade às indicações de Literatura Francófona, a autora de destaque desta semana é a renomada Scholastique Mukasonga.
Ruandesa, Scholastique sobreviveu às perseguições e ao massacre que seu povo sofreu em 1994. Junto de seu irmão mais velho, foi enviada para o exterior por sua família para escapar da morte. Demorou 10 anos para que ela tivesse coragem de retornar ao seu país e escrever seu primeiro livro, uma autobiografia, Inyenzi ou les Cafards (em português, “Baratas”), uma autobiografia que tem como objetivo preservar a memória de seus familiares.
Inyenzi ou les Cafards
“Em Nyamata, desde muito tempo, aceitamos que nossa libertação é a morte. Tinhamos vivido à sua espera, sempre à espreita de sua vinda, inventando e reinventando, apesar de tudo, formas de dela escapar. Até a próxima vez, em que ela estava de fato próxima, e levou os vizinhos, os colegas de classe, os irmãos, os filhos. E as mães tremiam em angústia ao dar luz a um menino que se tornaria um Inyenzi, que seria livre para humilhar, caçar e matar com total impunidade.”
Você pode encontrar Inyenzi ou les Cafards na nossa Culturethèque.
Notre-Dame du Nil
Ruanda, início dos anos 1970. No liceu Nossa Senhora do Nilo, próximo das nascentes do grande rio egípcio, jovens moças virgens se preparam para se tornarem boas esposas, boas mães e boas cristãs. Mas a calma aparente choca-se com o ódio racial. Uma cota limita à 10% as alunas da etnia Tutsi, as perseguições se multiplicam e assassinos se aproximam do poder no país…
Você pode encontrar Notre-Dame du Nil na nossa Culturethèque.
Kibogo est monté au ciel
Kibogo, filho do rei, ou Yézu, dos missionários – qual dos dois subiu ao céu? Em Ruanda, colonização e evangelização estavam interligadas. Em 1931, a destituição do rei Musinga levou à conversão massiva da população e, muitas vezes, os batismos em cadeia resultavam em um sincretismo que consistia em uma forma de resistência. Deve-se acreditar nos contos que pregam os padres brancos com barbas longas, ou naqueles contados por vossas mães, a cada noite, durante a vigília?
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