Em sua atuação como organismo multilateral, a Organização Internacional da Francofonia emprega esforços para promover ações em diferentes ramos e explorar diversas áreas envolvendo a língua francesa. Dentre elas, a influência da cultura na língua francesa se destaca, sendo objeto de estudos do Observatório da Língua Francesa (OLF), parte da Agência Universitária da Francofonia (AUF).
Apoiados por diversos parceiros e em parceria com o Observatório de demografia e estatística do espaço francófono (ODSEF) da Universidade de Laval, o OLF apresentou em 2019 a 4a edição do relatório que compila informações relacionadas à língua francesa à nível global.
Para a sua realização, o OLF recolhe e analisa dados sobre a situação do idioma por país e setor de atividade, assim como sua utilização em organizações internacionais, a fim de poder dispor de estatísticas confiáveis sobre as localidades e os usos dessa língua no mundo.
A última edição do relatório apresenta o dinamismo do espaço linguístico francófono – presente nos 5 continentes do mundo, a língua não se mantém a mesma em todas as regiões; ela se diferencia e assume nova forma conforme entra em contato com diferentes culturas, espaços e contextos.
Em sua primeira parte, o relatório explora a temática dos francófonos no mundo. De acordo com os estudos nele presente, a “galáxia” francófona seria composto por diversos “planetas”, grandes ou pequenos, cada qual com sua própria variável da língua. Todos tem seu valor e cada pessoa capaz de compreender o francês e de se expressar nessa língua faz parte da totalidade do “universo” francófono – a diversidade de culturas que se desenvolve, a variedade de seus sotaques, a possibilidade de um laço que não faz distinções.
O francês utilizado nos países africanos, por exemplo, se diferencia do falado nas demais regiões. Ao tratar das mutações da língua no continente, Koia Jean-Martial Kouamé afirma que ela “é remodelada pelos seus locutores para expressar seus pensamentos, descrever seu ambiente, traduzir suas experiências do mundo e suas realidades culturais”. Esses locutores dão ao francês um novo ritmo, uma outra sintaxe, referentes, expressões, imagens que relacionam-se com suas experiências.
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