
Fête du Cinéma d’Animation 2021
8 de outubro de 2021
Você já está falando francês sem saber!
29 de novembro de 2021Presencial, a edição 2021 do Festival Varilux de Cinema Francês começa dia 25 de novembro e apresenta 17 longas inéditos nos cinemas e 2 clássicos.
O Festival Varilux de Cinema Francês, maior evento dedicado à cinematografia francesa fora da França, realiza sua 12ª edição oferecendo uma programação composta por 17 longas-metragens inéditos e recentes e dois clássicos que poderão ser assistidos nas salas de cinemas de todo o país, entre os dias 25 de novembro e 8 de dezembro. Comédias, dramas, romance, animação e documentário são alguns dos gêneros oferecidos entre produções premiadas e participantes de festivais internacionais. Em Belém, o festival é realizado com o apoio da Aliança Francesa de Belém e do Cine Líbero Luxardo. Clique aqui para conferir a programação completa do Festival.
As ficções @Arthur Rambo – Ódio nas Redes, de Laurent Cantet; Adeus, idiotas, Albert Dupontel; Um conto de amor e desejo, de Leyla Bouzi; Delicioso: da Cozinha para o mundo, de Eric Besnard e Ilusões Perdidas, de Xavier Giannoli; o documentário Nosso Planeta, Nosso Legado, de Yann Arthus-Bertrand, e a animação A Travessia, de Florence Miaihe, são algumas das atrações inéditas desta edição. Produzidas entre 2020 e 2021, as 17 obras poderão ser vistas pela primeira vez no país através do festival e estreiam no circuito comercial em 2022. Os distribuidores participantes deste ano são: Bonfilm, California Filmes, Mares Filmes, PlayArte, Synapse e Vitrine Filmes.
Também integram a programação do Festival Varilux dois clássicos: As Coisas da Vida”, de 1970, de Claude Sautet, e O Magnífico”, de 1973, dirigido por Philippe de Broca, com Jean Paul Belmondo no papel principal. Uma ótima oportunidade de rever na tela de cinema dois grandes sucessos de bilheteria da década de 70.
O drama romântico “As Coisas da Vida” conta com os atores Michel Piccoli, Romy Schneider, Lea Massari e Jean Bouise nos papéis principais. A trama, gira em torno do estado de coma do personagem principal, que sofre um acidente que o deixa gravemente ferido e vê sua vida passar em ritmo acelerado. E ele se dá conta de como as pequenas coisas da existência – as alegrias e as tristezas – formam a felicidade de toda uma vida. O longa-metragem ganhou o Prêmio Louis Delluc e a Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes de 1970.
Já a comédia “O Magnífico” conta com Jean-Paul Belmondo, Jaqueline Bisset, Vittorio Caprioli e Jean Lefebvre nos principais papéis. O filme cult é uma hilariante e feroz sátira dos filmes de aventura, espionagem, dos super-heróis, sendo os filmes de James Bond o alvo mais específico. Com um humor ácido, a comédia usa e abusa de todos os excessos do gênero com alegria contagiante e explora com maestria o tema da vida dupla, real e sonhada.
A SELEÇÃO
Drama, romance, comédia, animação e documentário integram a programação. Exceto Titane, Julia Ducournau, exibido em recente festival paulista, todos os filmes chegam ao Brasil através do Festival Varilux. Presença constante do festival, François Ozon traz sua mais nova obra, “Está Tudo Bem”, que integrou a seleção oficial da última edição de Cannes. O longa-metragem discute a eutanásia e o suicídio assistido quando um homem, em uma cama de hospital, pede ajuda de sua filha para morrer.
Protagonizado por Rabah Naït Oufella, o drama “@Arthur Rambo – Ódio nas Redes” é dirigido por Laurent Cantet, conhecido por usar suas obras para debater temas atuais da sociedade. Com a produção, o diretor discute o uso das redes sociais e os julgamentos no mundo digital. Integrante da seleção oficial das edições 2021 do Festival Internacional de Cinema de Toronto IFF 2021 e do San Sebastian, o filme conta ainda com Sofian Khammes, Antoine Reinartz no elenco principal. Documental, “Nosso Planeta, Nosso Legado” é a mais recente produção do diretor Yann Arthus-Bertrand, fotógrafo que se tornou cineasta e já realizou produções memoráveis como Home: nosso planeta, nossa casa. Nesta nova produção, ele compartilha a visão sensível e radical do mundo atual, além de revelar um planeta sofredor e uma humanidade desorientada.
Já o drama “Ilusões Perdidas” traz no elenco principal os atores Benjamim Voisin, Cécile de France e Vincent Lacoste. Inspirado no romance homônimo de Honoré de Balzac e dirigido por Xavier Giannoli, o filme é ambientado no século XIX em que Lucien, um jovem poeta desconhecido ávido por abrir caminho na vida, deixa sua cidade natal para tentar a sorte em Paris. A produção foi indicada ao Leão de Ouro, além de outras duas categorias no Festival de Veneza.
As comédias também estão presentes na programação. Um dos destaques é “Adeus Idiotas”, escrita, dirigida e interpretada por Albert Dupontel. O longa-metragem ganhou sete Prêmios César – concorreu a 12 – e já foi visto por mais de um milhão de espectadores na França. No elenco estão Virginie Efira e Nicolas Marié que, junto com Albert Dupontel, embarcam em uma missão tão espetacular quanto improvável, quando Suze Trappet que descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente. Já “Pequena lição de amor”, de Eve Deboise, mostra seus protagonistas numa jornada por Paris por causa de uma inquietante carta de amor. “Mentes Extraordinárias”, codirigida por Bernard Campan e Alexandre Jollien, atores que também assinam a direção do longa – conta a história de duas pessoas que se dirigem para o sul da França num carro funerário. Integrante da seleção oficial de Cannes e codirigida por Arnaud e Jean Marie Larrieu, a comédia musical “Tralala” acompanha um cantor de ruas de Paris que, milagrosamente, se reinventa na cidade de Lourdes.
Uma das mais consagradas animadoras do mundo, com obras e personagens cheias de intensidade dramática, a diretora francesa Florence Miaihe marca presença no evento com o longa-metragem de animação “A Travessia”, que ganhou Menção do Júri do Festival Internacional de Filmes de Animação de Annecy. O veterano Jacques Audiard apresenta sua última produção “Paris, 13 Distrito”, que mira em três personagens jovens na busca de seus caminhos.
Em “Um Intruso no Porão”, de Philippe Le Guay, um dos mais populares e queridos entre os atores franceses, François Cluzet, que esteja no festival com o sucesso “Intocáveis”, vive um homem de passado conturbado, que transforma a vida de um casal ao comprar um porão de um imóvel na cidade de Paris. O thriller psicológico “Caixa Preta”, de Yann Gozlan, conquistou o Prêmio do Público no 38º Festival Reims Polar e busca a verdade sobre o que aconteceu a bordo do voo Dubai-Paris antes de bater no maciço alpino através da análise minuciosa das caixas pretas. No elenco está Pierre Niney, que viveu o costureiro em “Yves Saint Laurent”, longa também exibido no Varilux. Com direção de Elie Wajeman, “Madrugada em Paris” retrata a saga de Mikaël, um médico vivido pelo ator Vincent Macaigne que tem uma noite para decidir seu próprio destino.
E, para deixar os amantes da gastronomia com água na boca, a mostra apresenta “Delicioso: da Cozinha para o mundo”, comédia estrelada por Grégory Gadebois e Isabelle Carré, sob a direção de Eric Besnard. O filme de época conta um pouco dos primórdios da culinária francesa, bem como a criação do primeiro restaurante do país, antes mesmo da revolução francesa acontecer. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2021 e representante da França no Oscar do ano que vem, o terror “Titane”, dirigido por Julia Ducournau e com Vincent Lindon, Agathe Rousselle e Garance Marillier no elenco principal, poderá ser assistido pelo público do festival em algumas cidades.
“Um Conto de Amor e Desejo”, segundo longa-metragem de Leyla Bouzid, traz Sami Outalbali, Zbeida Belhajamor e Diong-Keba Tacu no elenco principal. Protagonista, no filme Sami interpreta Ahmed, um jovem crescido nos subúrbios parisiense que, na universidade, conhece Farah, uma jovem tunisiana cheia de energia e recém-chegada de Túnis. O longa mostra, com delicadeza e audácia, o despertar para a sexualidade e o ardor dos sentimentos e fantasias. A produção integrou a Semana da Crítica de Cannes de 2021 e ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival Du Film Francophone d’Angoulême 2021.
OS CLÁSSICOS
A edição 2021 traz de volta às telonas dois filmes memoráveis da cinematografia francesa para compor os clássicos homenageados da mostra. São eles: “O Magnífico” e “As coisas da Vida”. A comédia “O Magnífico”, de 1973, é dirigida por Philippe de Broca e conta com Jean Paul Belmondo no papel principal, além de Jaqueline Bisset, Vittorio Caprioli e Jean Lefebvre. “As Coisas da Vida”, de 1970, é um drama romântico dirigido por Claude Sautet e com Michel Piccoli, Romy Schneider, Lea Massari e Jean Bouise nos papéis principais.
Em “O Magnífico”, de Philippe de Broca, François é um escritor de romances de espionagem, cuja figura principal é Bob Saint Clair, um espião muito esperto, inteligente e sedutor. Sua obra desperta o interesse acadêmico de Christiane, uma estudante inglesa de sociologia. Aos poucos, o estudo e o relacionamento entre eles começam a se confundir com trechos do novo livro do escritor. O filme cult é uma hilariante e feroz sátira dos filmes de aventura, espionagem, dos super-heróis, sendo os filmes de James Bond o alvo mais específico. Com um humor ácido, a comédia usa e abusa de todos os excessos do gênero com alegria contagiante e explora com maestria o tema da vida dupla, real e sonhada.
De Claude Sautet, “As Coisas da Vida” mostra Pierre (Michel Piccoli), arquiteto na faixa dos 40 anos, após sofrer um grave acidente de carro. Arremessado para fora de seu veículo, em estado de coma à beira da estrada, tem flashbacks do passado e das duas mulheres de sua vida: a ex-mulher Catherine (Léa Massari), com quem tem um filho, e Hélène (Romy Schneider), com quem vive um conturbado relacionamento. A trama, gira em torno do estado de coma do personagem principal, que sofre um acidente que o deixa gravemente ferido e vê sua vida passar em ritmo acelerado. E ele se dá conta de como as pequenas coisas da existência – as alegrias e as tristeza formam a felicidade de toda uma vida. Grande sucesso de bilheteria, o longa-metragem ganhou o Prêmio Louis Delluc e a Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes de 1970.